No escuro desse abismo profundo
As marcas do passado que assombra
O beijo da morte que transcende
As rajadas que caem do céu
Ensejo abstrato e incolor
O frio da Lua que bate no rosto
Esclarece o despeito do acúmulo
Trovão que corta o céu
Aurora inocente deriva
Nefasto sombrio e sublime
Anseia pela alma perdida
A vida perdeu a essência
De repente insignificante
As flores que murcham ao meu lado
Espelho da face deprimida
No sacrifício genuíno
Adaga penetrante concretiza
O fim de uma vida dispensável